quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Cristãos temem violência 3 anos após massacre



ÍNDIA (32º) - Com o terceiro aniversário da violência em massa no estado de Orissa na próxima semana, a lembrança de 100 cristãos agredidos até a morte e 5.000 casas queimadas ainda está na mente dos habitantes locais, aliada às preocupações atuais, segundo um ativista cristão.


A violência no distrito de Kandhamal, leste do estado de Orissa, aconteceu em decorrência da acusação de grupos hindus de direita contra os cristãos locais pelo assassinato de seu líder, em 23 de agosto de 2008. O mesmo grupo que se acredita estar por trás dos ataques anticristãos declarou 23 de agosto como o dia da "Proteção da Religião", disse John Dayal, membro do Governo do Conselho Nacional de Integração da Índia.

O ato de culpar os cristãos pelo assassinato, que teria sido realizado por guerrilheiros maoístas, levou mais de 56 mil cristãos a abandonarem suas casas, deixando destruídas quase 300 igrejas, queimadas mais de 5.600 casas, estupradas uma freira católica e outras duas mulheres, além do abuso sexual de muitos, segundo uma carta de Dayal à Comissão Nacional para as Minorias, um órgão quase judicial encarregado de salvaguardar os interesses das minorias.

O chamado dia da "Proteção da Religião” criado por grupos de direita hindus pretende, aparentemente, lembrar aos hindus que sua fé está em perigo por causa dos cristãos, que eles alegam ter assassinado um proeminente líder hindu, Swami Laxmanananda Saraswati.

"A memória da violência está enraizada na psiquê de nossa comunidade", disse. Dayal. “Agora, o Sangh Parivar [uma família de grupos de direita hindus na Índia] está dizendo que vai observar o dia como” Proteção da Religião “ e tem distribuído panfletos em todo o distrito e no Estado."

Dayal disse que a comunidade cristã temia que houvesse problemas e violência, "a menos que o governo do Estado tomasse medidas mais rigorosas em Kandhamal ." Ele disse que estava escrevendo para solicitar à Comissão que "chamasse o governo do Estado para fazer o seu dever pela comunidade minoritária, tranquilizando-os. Não haverá incidente desagradável."

Em 12 de março, a unidade do estado de Orissa do Conselho Cristão tinha escrito ao chefe do distrito de Kandhamal, solicitando-lhe que se antecipasse ao aparente esforço para incitar a violência, mas seu escritório deu pouca garantia.

Os cristãos também reclamam que os acusados, nos inúmeros casos relacionados com os ataques contra cristãos em Kandhamal, não foram suficientemente processados.

Segundo o Departamento de Advocacia da Associação Evangélica da Índia, que tem uma célula de apoio judiciário funcionando em Kandhamal, apenas cerca de 350 acusados foram condenados, enquanto cerca de 1.600 outros foram absolvidos, principalmente por causa da investigação de má qualidade e de ameaças às testemunhas.

Os cristãos foram alvo político dos grupos hindus de direita na década de 90, para se oporem ao Grande Partido da Índia antiga, o Congresso Nacional Indiano, que vê as minorias religiosas, principalmente os muçulmanos e cristãos, como seu banco de voto.

A Índia tem uma população de mais de 1,2 bilhão, com mais de 80% de hindus. Os cristãos são cerca de 2,3% da gigantesca população do país.

Fonte: Portas Abertas


Batismos em Moçambique







Em visita ao campo missionário em Moçambique, o Pr. Mayrinkellison Peres Wanderley (Coordenador de Missões Mundiais para a África) teve a satisfação de participar, no dia 3 de julho, do batismo de 44 pessoas às margens do Rio Pungue, em Mutondda, lugarejo da região de Inhamatana, onde há uma congregação organizada pela Igreja Batista do Dondo. A cerimônia foi dirigida por Jerônimo Cessito, pastor desta igreja e esposo da missionária de Missões Mundiais Noêmia Gabriel Cessito. Para a realização dos batismos, ele contou também com a cooperação do Pr. Daniel Soler (missionário dos batistas brasileiros na cidade da Beira).

Em clima festivo, com canções, orações e pregação da Palavra de Deus, os batizandos confessavam, em sua língua local, a soberania do Senhor Jesus em suas vidas. Ao final, todos se dirigiram ao templo da congregação, onde num culto de celebração louvaram a Deus e participaram da sua primeira Ceia do Senhor.

Emoções como esta podem ser vividas por voluntários, com o privilégio de ver o cumprimento da Grande Comissão. Segundo o Pr. Mayrinkellison, visitar o campo missionário é sempre um grande prazer e um momento de profunda alegria. E foi isso que ele experimentou nessa viagem a Moçambique, ao visitar todos os obreiros de Missões Mundiais que trabalham naquele país.

“De tantas experiências boas que vivi em Moçambique, naqueles dias, a cerimônia dos batismos foi a que mais me marcou. E digo a todos que participam da obra missionária mundial – como intercessor ou sustentador financeiro – que cada pessoa que desceu às águas do Rio Punge foi abençoada por você! Tudo isso só é possível através de sua fidelidade, contribuição e oração. Mesmo em meio às perseguições e aos ataques do maligno, sua parceria na obra missionária faz o nome de Jesus ser glorificado em terras moçambicanas”, afirma o Pr. Mayrinkellison Peres.


Fonte: JMM