domingo, 9 de setembro de 2012

Coluna: Uma mídia independente no combate à corrupção


A cada dia que passa somos alvejados pelos mais escabrosos escândalos, seja na vida profissional, política, religiosa e social.... às vezes, até temos a impressão que essa avalanche de corrupção parece consumir a todos, como um buraco negro que a tudo consome, sem que saibamos o quê e de onde somos consumido.

É certo que estamos vivendo uma crise de sinceridade, de honestidade e de integridade. Parece que não há ninguém que saiba fazer o bem, como disse o salmista “desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não, nem sequer um” (Salmo 14.3 e 53.3).

Porém, a mídia livre e independente, como agente formador de opinião que é, pode, muito bem, atuar gerando consciência para num futuro próximo termos uma sociedade livre, íntegra e honesta, onde não se precisa vender votos para sanar necessidades básicas e nem comprar votos para ser eleito.

O acesso à informação e aos meios de controle e fiscalização é o primeiro passo para termos uma sociedade livre e honesta. O Estado e os órgãos públicos, assim como as sociedades organizadas, sejam civis, politicas ou religiosas, devem viabilizar os meios de fiscalização para extirparmos a corrupção das entranhas da sociedade.

Dou graças a Deus por termos uma mídia livre e independente, do contrário teríamos a falsa impressão de que tudo estava bem! O certo é que sempre convivemos com crises e corrupções, todavia, nas últimas décadas, com a liberdade da mídia atribuída pela Constituição Federal de 1988, o controle sobre a corrupção passou a ser mais eficiente, eis que a sociedade não suporta corrupção.

É graças à mídia livre e independente que temos prestação de contas em muitos órgãos públicos, relatórios mensais em algumas organizações sociais, lei de acesso à informação, ficha limpa para candidatos, julgamento de corruptos da elite social como no caso do “famoso mensalão” em apreciação na maior Corte de Justiça deste Pais, etc.

Embora haja excessos, prefiro uma mídia livre e independente, em vez de mordaças. Aliás, já disse o pensador(para uns Voltaire e para outros Evelyn Beatrice Hall): “Eu desaprovo o que dizes, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”. E numa variante: "Eu não concordo com uma palavra do que você diz, mas defenderei até a morte o direito de dizê-las".

Viva à mídia livre e independente!!

 Autor: Marcos Galdino de Lima
Bacharel em Direito e Presbítero da AD Sousa

Fonte: AD Sousa

Nenhum comentário:

Postar um comentário