
Os muçulmanos planejaram os incêndios nas igrejas do Níger para assustar os cristãos. Relatórios estimam que cerca de 94% da população do país é de muçulmanos.
"Eles achavam que não vamos voltar a realizar os cultos", disse Mahamadou Koche, o pastor de uma das igrejas. "Mas mesmo que eles queimem as igrejas, não podem queimar o que nós já temos dentro de nós".
Os membros das igrejas que foram incendiadas e destruídas estão se reunindo em edifícios provisórios.
"A reconstrução da igreja (fisicamente) irá mostrar para o mundo que nos apegamos à nossa fé e nós ainda somos cristãos", disse Mahamadou.
Na igreja do nigerino Issa Elhadjkouldjami, em Zinder, a congregação se reúne em um local temporário, enquanto o seu templo, que foi queimado no início deste ano, é reconstruído. Issa disse que ele espera que seu perdão seja uma forma de fazer com que os outros conheçam a Cristo.
"Nós não vamos parar. Vamos continuar com tudo o que temos em nosso coração", disse Issa em um depoimento online para a missão 'Bolsa do Samaritano' (dirigida por Franklin Graham).
Outras igrejas também estão alcançando os muçulmanos.
Em Niamey, o pastor Yakaya Sherri deu prosseguimento à Operação de Natal para entregar sapatos aos filhos e filhas dos homens que queimaram sua igreja anteriormente.
"Eu acredito que de alguma forma essa perseguição é um fertilizante para a fé", disse ele.
Guerreiros de Deus
Casal de Missionários brasileiros, Giovana e Alexandre Canhoni também tiveram sua base missionária e sua casa no Níger atacadas e incendiadas por vândalos. Na época dos atentados a missionária explicou que não poderiam voltar para casa, pois ainda tinham medo e praticamente tudo estava destruído.
Comentando sobre a retomada das atividades e a reconstrução da base após os ataques, Alexandre explicou em um comunicado oficial no site da missão, que apesar do desafio que esta fase tem representado, eles podem sentir a paz de Deus em meio a este cenário.
"Foi um desafio voltar com a equipe após arrumarmos portas e janelas de nossa casa, comprarmos o colchão, e olhar para as paredes ainda com marcas da violência e desamor. No mesmo terreno de nossa casa, olhar para a base, com suas paredes trincadas, com sua estrutura abalada, e vazia. Olhar para as crianças, mães e pessoas que nos amam, e elas temendo que não continuássemos ali, com medo de que fossemos embora. E no meio disto tudo poder sentir paz, alegria e esperança", destacou.
Fonte: CPAD NEWS
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